Depoimentos de Intercambistas
Lucas Morais Barreto – Sakura Science High School, Japão
2019
2019
Só a ideia de visitar o Japão é surpreendente. Atravessar o mundo inteiro, meio mundo de distância, para ser preciso, 180°; vivenciar uma cultura completamente diferente, um universo completamente diferente, é, quase que literalmente, o nosso mundo de cabeça pra baixo.
Eu tive a honra de representar minha instituição. Fui selecionado em primeiro lugar no Brasil inteiro para participar de um programa de intercâmbio no Japão, e digo que não tem sensação melhor. Um misto de orgulho e empolgação. Cara, eu iria pro Japão no final do ano! JAPÃO!
Bom, nunca tive muita afinidade com a cultura japonesa, nem acompanho muitos animes; nunca passou pela minha cabeça a ideia de aprender japonês, afinal era uma realidade muito distante pra mim; nunca sequer tive a curiosidade de pesquisar sobre o estilo de vida japonês, sua história, ou por que sua cultura era referência em tantos aspectos. Então a proposta de participar do programa foi algo surpreendente para mim, completamente novo.
Até a data da viagem chegar criei várias expectativas, imaginei que visitar o Japão seria como uma viagem ao futuro, e não por que o relógio deles estava sempre 12 horas à frente do nosso. E devo dizer que ainda assim as expectativas foram superadas, e as experiências que vivenciei mudaram minha forma de encarar o mundo e contribuíram para o meu desenvolvimento, tanto pessoal quanto profissional. Lá, lidei com pessoas completamente diferentes, com as quais pude conversar e trocar vivências, planos, expectativas futuras, e, principalmente, aspectos das nossas culturas.
Por estar em contato com outros alunos que estavam todos na mesmo nível acadêmico, isto é, em conclusão do ensino médio, uma das principais pautas do intercâmbio era justamente sobre aspectos acadêmicos. Assim, frequentemente conversávamos sobre a estrutura e o modelo de ensino nos países, além de oportunidades e expectativas acadêmicas futuras, como graduação ou pesquisa, e esse contato, nessa fase em que estávamos, foi muito importante.
A visita ao Japão durou apenas uma semana, mas tive um aprendizado de meses, conheci pessoas que ficarão na minha vida por anos, e as memórias da experiência ficarão para sempre. Me sinto verdadeiramente orgulhoso de ter participado e de representar a minha instituição.
Pietro Chiari – Intercambista internacional no IFBA Campus Ilhéus
2018 - 2019
Meu nome é Pietro Chiari, venho da Itália e no ano 2018/2019 fiz o meu intercâmbio aqui no Brasil. Cheguei em agusto mas parece que era ontem o dia da minha chegada e não to acreditando que falta sempre menos a minha partida. Essa experiência me mudou como pessoa, aumentou minha confiança e me fez lidar com novas situações que nunca teve a oportunidade de viver.
Estudei no IFBA campus Ilheus por metade do terceiro e quarto ano. Na Itália minha escola é também técnica, o curso que eu faço é bem diferente mas isso não me atrapalhou de maneira alguma além das primeiras semanas de escola. Gostei muito do estilo de ensinamento daqui, eu o achei mais adapto para aprender não só questões obrigatoriamente ligadas nas matérias mas também de tipo geral que ajudam nas visões pessoais e inter-pessoais.
Esse não foi um ano da minha vida, foi uma vida em um ano: tudo o que aprendi, todas as amizades construídas, os lugares visitados, as horas de ônibus furam como um novo começo da minha vida. Agora que me adaptei, que conheço metade das pessoas do meu Barrio, que parece que sempre morei aqui, tenho que ir embora. Essa experiência foi increvel e minha despedida vai ser proporcionalmente triste e dolorosa.
Eu posso só agradecer todas as pessoas que marcaram meu intercâmbio e esperar que um dia a vida nos incontra novamente.
Rodrigo Magno – College of the Rockies, Canadá
Estudei no IFBA campus Ilheus por metade do terceiro e quarto ano. Na Itália minha escola é também técnica, o curso que eu faço é bem diferente mas isso não me atrapalhou de maneira alguma além das primeiras semanas de escola. Gostei muito do estilo de ensinamento daqui, eu o achei mais adapto para aprender não só questões obrigatoriamente ligadas nas matérias mas também de tipo geral que ajudam nas visões pessoais e inter-pessoais.
Esse não foi um ano da minha vida, foi uma vida em um ano: tudo o que aprendi, todas as amizades construídas, os lugares visitados, as horas de ônibus furam como um novo começo da minha vida. Agora que me adaptei, que conheço metade das pessoas do meu Barrio, que parece que sempre morei aqui, tenho que ir embora. Essa experiência foi increvel e minha despedida vai ser proporcionalmente triste e dolorosa.
Eu posso só agradecer todas as pessoas que marcaram meu intercâmbio e esperar que um dia a vida nos incontra novamente.
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Rodrigo Magno – College of the Rockies, Canadá
2018

Fala, galera! Me chamo Rodrigo Magno e estudo Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (IFBA) – Campus Salvador. Acredito que todos que estão lendo esta postagem possuem interesse em realizar um intercâmbio, seja este um interesse já real e consolidado ou apenas um sonho futuro. Bem, irei aqui contar um pouco da minha história e como consegui estudar um semestre no Canadá!
Assim como muitos jovens, sempre tive o sonho de morar no exterior por um período e viver experiências únicas e completamente diferentes. Com esta ideia em mente, comecei a estudar inglês e a jornada não foi fácil. Utilizei diferentes táticas e métodos e, como o propósito deste texto não é divulgar como aprendi inglês, irei pular esta parte. Porém, gostaria de deixar a primeira dica aqui: caso você não se sinta muito confortável com o idioma, comece os seus estudos pra ontem! Não existe desculpa para não aprender, você não precisa ter dinheiro para pagar o melhor curso. Se você está lendo este texto é porque, de uma maneira ou de outra, você possui acesso à Internet, e acredite, isto já é mais que suficiente! Dominar o idioma será o primeiro passo para que você conquiste o seu intercâmbio.
Consegui realizar o sonho de fazer intercâmbio graças ao IFBA e ao programa ELAP – Emerging Leaders in the Americas Program. O ELAP é um programa que oferece bolsas de estudo para estudantes e pesquisadores da América Latina e Caribe. Lembro como se fosse hoje o dia no qual vi o edital publicado no blog da Assessoria de Relações Internacionais (ARINTER), imprimi toda a papelada e comecei a tomar nota de tudo que eu precisava fazer. A parte mais difícil foi a realização do teste de proficiência em língua inglesa, sem dúvidas! Optei por realizar o TOEFL iBT e acho que foi a melhor escolha. Aqui vai mais uma dica: caso você já tenha um nível de inglês razoável, comece a estudar de forma mais específica para o teste de proficiência que deseja fazer (você tem algumas opções, o site da universidade que deseja aplicar irá dizer quais testes eles aceitam). É comum encontrar pessoas com um nível muito bom de inglês, mas que não conseguem ir tão bem nestes testes. Seja esperto e estude de maneira inteligente para o teste que deseja realizar!
Passei quase 5 meses no Canadá, mais precisamente na cidade de Cranbrook, localizada na província de British Columbia. Foram os 5 melhores meses da minha vida. Passei por inúmeras dificuldades quando cheguei lá, dificuldades que me tornaram uma pessoa muito mais preparada para os problemas pessoais e profissionais e um ser humano mais forte e sábio. Cheguei sem saber nem fritar um ovo e hoje cozinho de tudo; cheguei achando que sabia falar inglês e descobri que o diploma de Inglês avançado de um curso de inglês significa intermediário raso para a vida real. Por mais clichê que seja, a verdade é que me reinventei e descobri que sou capaz de fazer tudo que almejo. Definitivamente, recomendo que todo estudante (diria até pessoa) realize um intercâmbio. Os ganhos pessoais e profissionais são imensuráveis e até hoje não conheci nenhuma outra experiência que fosse capaz de ser tão impactante.
Retorno ao Brasil com outra mentalidade e disposto a continuar aprendendo aqui e, agora, compartilhando todas as coisas boas que aprendi no Canadá, transmitindo este conhecimento ao IFBA, à comunidade na qual vivo e a todas pessoas que vivem ao meu redor. Ter sido um “ELAPer” foi a melhor experiência da minha vida e espero que mais pessoas possam entender na pele o que estou falando.
Boa sorte a todos em suas vidas e carreiras e podem contar comigo caso tenham dúvidas, será um prazer ajuda-los! Espero que este texto possa servir como forma de motivação para vocês, o objetivo foi apenas aguçar a vontade daqueles que desejam realizar um intercâmbio e mostrar que este sonho é possível e palpável, não é algo distante e tão irreal como eu acreditava ser, basta trabalhar duro e correr atrás. Aproveito a oportunidade para expressar à minha imensa gratidão ao IFBA e, especialmente, a ARINTER que faz um trabalho espetacular e extremamente organizado.
Visita técnica Alemanha 2018
Larissa Assis – estudante do curso Técnico em Automação Industrial
Para mim, a experiência vivida na Alemanha foi algo inesquecível. Primeiramente por ser estudante do curso integrado de Automação Industrial, pois pude visualizar de perto a linha de produção de grandes indústrias automobilísticas tais como Mercedes-Benz e BMW, que contavam com áreas 90% robotizadas. Acredito que ter presenciado o funcionamento de todos esses sistemas atuando em conjunto para a obtenção de carros de alto padrão tenha sido uma oportunidade única, tanto para mim quanto para todos os estudantes contemplados pela bolsa de visita técnica. Além disso, vivenciar o cotidiano alemão foi essencial na descoberta de novos hábitos e culturas, que são totalmente diferentes dos que vivemos no Brasil. A pontualidade, eficiência nos serviços e boa qualidade de vida dos alemães foi algo que chamou bastante a minha atenção como brasileira, o que certamente irá contribuir para a tomada de ações que visem inovação e melhorias sociais.
O intercâmbio foi capaz de nos proporcionar uma nova visão de mundo, que não está estritamente relacionada à realidade em que pertencemos. Exploramos novas experiências de aprendizado num país europeu referenciado em todo o mundo, o que considero ter sido algo bastante engrandecedor.
Cristina Grisi – estudante do curso Técnico em Geologia
Desde os primeiros momentos da seleção eu já sabia que o projeto da visita técnica internacional poderia mudar a minha forma de ver o mundo, mas o que eu não tinha noção ainda era do quão impactante seria essa mudança. Durante a viagem já era possível perceber o volume de conhecimento que, mesmo tão perto, na maioria das situações, passa despercebido. Visitar as empresas com pessoas de diferentes áreas e ver seus questionamentos sobre os processos ampliou muito a minha visão. Cursos que funcionam ali mesmo, dentro do instituto, e que antes não faziam parte da minha vida, agora passam a me interessar. Involuntariamente. Eu saía de cada uma das visitas com mais um leque de informações aberto. A interdisciplinaridade tomava conta do ambiente e, às vezes, me pegava tirando dúvidas com os colegas sobre temas que antes só atendiam a eles.
Na questão cultural as experiências são sempre crescentes. Hoje quando paro pra pensar sobre alimentação, por exemplo, sempre lembro de como foi difícil adaptar o paladar ao que se come onde visitamos e percebo como a cultura influencia nossa vida nas menores coisas, nos fazendo naturalizar o que para outros grupos não faz o menor sentido (“adoçar os sucos, como assim?!”). Mesmo passando pouco tempo, consegui perceber como, apesar de iguais, a cultura nos torna tão diferentes dos outros, seja no que comemos, no jeito de falar, de cumprimentar as pessoas, na pontualidade etc. Vendo tudo que aconteceu com cada um de nós ao retornar para o Brasil a principal coisa que desejo é que esse projeto seja mantido (e se possível ampliado), para que mais e mais estudantes possam vivenciar tais coisas.
Walter Junior – estudante do curso Técnico em Química
É realmente uma sensação incrível saber que sua Escola está promovendo uma visita técnica para a ALEMANHA, onde encontra-se um dos maiores polos de tecnologia do mundo. A sensação de participar do processo seletivo e ser aprovado em primeiro lugar foi verdadeiramente indescritível. A visita técnica à Alemanha foi sem dúvida a experiência mais marcante da minha vida, tanto pessoal quanto acadêmica. Ver de pertinho os carros mais caros e lindos do mundo sendo montados em minha frente, vendo na prática as aplicações da Química, conhecer locais cinematográficos, museus científicos e o contato com outra cultura foram algumas das programações da viagem, além, é claro, dos conhecimentos multidisciplinares. Não somente a experiência aumentou ainda mais a minha vontade de ser pesquisador, ela me ensinou muito sobre outras culturas.
O melhor conselho que eu posso dar é que se dediquem verdadeiramente ao máximo, não poupem esforços em relação a serem escolhidos, vocês só têm a ganhar. É uma experiência que vocês jamais irão esquecer.
Depoimento do Programa Jovens Embaixadores
Marcelo Sant'Anna Jr. - estudante do curso Técnico em Informática
2017
Participar dos Jovens Embaixadores é sem dúvida uma experiência única. A oportunidade de representar o lugar em que você vive em outro país é uma honra que todos deveriam ter em algum momento de suas vidas.
As 3 semanas de intercâmbio foram repletas de aprendizado, seja em workshops sobre liderança e justiça social ou durante os diversos trabalhos voluntários que fazemos no programa. Tudo isso aliado a muitos momentos de diversão e troca entre culturas que se assemelham e se distinguem ao mesmo tempo.
E mesmo tendo sido tão intenso, considero que o momento mais importante da viagem é justamente quando voltamos, e podemos utilizar toda a bagagem adquirida para mudar o meio em que nós vivemos. O valor real da viagem se dá quando nós passamos a ser jovens que inspiram outros, impactando e ajudando a mudar vidas.
Lorenna Villas Boas - estudante do curso Técnico em Automação
2016
Ser Jovem Embaixadora, ao final de tudo, é uma mistura de sentimentos inexplicável. Uma oportunidade única de crescimento, de liderança, uma aula pra vida. Foi como Jovem Embaixadora que eu lidei com situações que me fizeram refletir quem sou e quais são os meus princípios. Eu vi o voluntariado ajudando pessoas, lutando por seus direitos, tornando o mundo mais humano. Eu vivi com pessoas que lutam pela justiça social, que se importam uns com os outros. Eu vivenciei uma cultura nova, diferente, interessante, e também difundi a minha, que reflete a minha essência.
E hoje meu dia voltou ao normal. Voltei pra minha cidade, voltei aos meus dias, mas definitivamente não voltei a mesma.
Flávia Lima Pólvora - Stephen Austin High School, Estados Unidos
2013 - 2014
Fazer intercâmbio foi a melhor experiência da minha vida. Assim que cheguei no Texas, Estados Unidos, não podia acreditar que realmente estava ali. Parecia que estava sonhando. Durante a minha estadia como intercambista bolsista do AFS Intercultura, tive duas famílias hospedeiras: a primeira era uma família americana, e a segunda era uma família latina, onde a mãe era venezuelana e o pai salvadorenho. Morei em uma cidade chamada Sugar Land na região metropolitana de Houston e estudei na Stephen Austin High School, e foi lá que fiz amigos de todas as partes do mundo.
Meus melhores amigos eram cada uma de uma nacionalidade diferente. Na hora do intervalo, nossa mesa era a mesa internacional, pois tinha brasileiros, dominicanos, noruegueses, tailandeses, chineses, sul-coreanos, venezuelanos e alemães. Durante o meu intercâmbio aprendi lições valiosas, como respeito ao próximo, respeito as diferenças culturais e, o mais importante, aprendi a valorizar muito o meu país, pois, quando se está fora da sua pátria mãe, as coisas mínimas fazem falta. Vivenciar a cultura americana e outras culturas foi uma experiência incrível, e hoje posso dizer que tenho um amigo em cada parte do mundo.
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Débora Mota Brito - Dillard University/California State University, Estados Unidos
2013 - 2014
Meu nome é Débora Mota Brito, sou graduanda do curso de Licenciatura em Computação do IFBA Campus Porto Seguro. Participei do intercâmbio pelo programa Ciência sem Fronteiras da CAPES nos Estados Unidos de agosto de 2013 a dezembro de 2014.
Inicialmente, fiz um programa intensivo de inglês na Dillard University em Nova Orleans, cidade turística mundialmente conhecida pelo Jazz. Tive a oportunidade de cursar disciplinas de Reading, Writing, Listening, Speaking, Voice & Articulation e Cultural Enrichment com professores qualificados que foram essenciais para o desenvolvimento e aprimoramento da língua inglesa. Tivemos o prazer de ter uma brasileira como coordenadora, Sra. Aurea Diab, que também era a Diretora do Center of Intensive English Language da faculdade. Ela foi uma peça chave para todos os intercambistas, pois nos deu apoio integral em tudo que foi necessário durante todo o programa.
Durante o verão tive a oportunidade de participar de Summer Course na California State University na cidade de Fullerton, que ficava a 30 minutos de Los Angeles. Pude, também, cursar meu semestre acadêmico nesta faculdade que tem muito prestigio na área de Computação e Engenharia, bem como laboratórios equipados com tecnologia de última geração. Fiquei muito feliz em poder cursar disciplinas que não fazem parte da minha grade aqui do Brasil, como Introdução a Desenvolvimento de Games, que me deixou fascinada. Também fiz parte de um programa de monitoria para Americanos que estavam aprendendo português. Essa troca de conhecimentos e vivências foi engrandecedora. Pude perceber que eles amavam o Brasil, queriam saber tudo sobre nossa cultura e consideram o Português uma língua muito difícil.
Meu intercâmbio foi uma experiência singular. Fui agraciada com o privilégio de poder viver em dois estados distintos do EUA, o que me trouxe o enriquecimento cultural enorme. Através do multiculturalismo do EUA, tive o prazer de conviver e fazer amizade com pessoas de toda parte do mundo: africanos, indianos, alemães, colombianos, mexicanos, coreanos, japoneses, chineses, etc. Além disso, o programa também nos possibilita viajar pelo país durante os feriados e férias de final de ano. Tive o privilégio de conhecer a NASA em Huston, a Estátua da Liberdade em Nova York, O Grand Canyon no Arizona, a mundialmente famosa Las Vegas, Disney World em Orlando, a cidade de Miami, Hollywood, o paraíso do Havaí, entre outros.
O ganho quanto a experiência profissional e amadurecimento pessoal é indescritível. O intercâmbio modifica sua forma de pensar e muda a visão de mundo. Para mim e muitos outros bolsistas do CsF, foi a chance de um aluno pobre de escola pública ter sua primeira experiência internacional. O que me instiga a nunca desistir de acreditar e sempre buscar novas formas de aprimoramento e crescimento. A busca pelo conhecimento é uma jornada incansável.
#RumoAoMestradoDoutorado
"When you change the way you look at things,
the things you look at change." Wayne Dyer
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Priscilla Ferreira - College of the Rockies, Canadá
2013
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Cranbrook, BC |
Não tem como fugir do clichê. Falar sobre o intercâmbio que fiz em 2013 através do Emerging Leaders in the Americas Program (ELAP) é compartilhar mais uma visão apaixonada e cheia de nostalgia, assim como tantos outros intercambistas. Isso porque a experiência é simplesmente fantástica e até as dificuldades tornam-se aprendizados ou boas histórias para se contar no retorno.
Meu intercâmbio aconteceu no Canadá, na cidade de Cranbrook na província de British Columbia. Fui no primeiro semestre de 2013 para cursar o 5º semestre do curso de Business Administration, e pude ter uma experiência inédita, até então, em diversos aspectos. Tentei resumir e separar em:
- O College: além da moderna e linda infraestrutura, a faculdade acompanhava minuciosamente os seus intercambistas, inclusive promovendo diversas atividades para maiores contatos com estudantes de outros países. As aulas eram pontuais e modernas, e a interação permitia fazer trabalhos em equipe e apresentações tal qual um estudante nativo.
- Cultura: o contato com novas culturas é muito grande e MUITO interessante. É uma bagagem de diferentes e inusitados aprendizados sobre outros povos e costumes, curiosidades de países e línguas, que são levados conosco de volta. Aprende-se e acata-se muito dos costumes do local, como a cordialidade e pontualidade canadense.
- Inverno: atividades completamente novas, como esquiar, fazer trilha na neve com calçado apropriado, muita roupa (4 calças, 3 meias, 4 blusas, etc.), jogos de hockey, patinar no gelo, deitar no gelo, esfriar a bebida no gelo etc.
- Party: a diversão, os Gelly Shots, as pessoas novas, os Drinking Games, as festas toda semana, o rodízio de caronas, o respeitos às leis, a interação, as risadas e o acolhimento.
- Amigos: é uma das principais coisas que se leva e que se traz e que se tem após um intercâmbio. É o carinho das boas lembranças que vão ficar pra sempre.
Foi simplesmente a maior experiência da minha vida até hoje! Mas eu avisei que não conseguiria fugir do clichê, e esse é um deles.
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Edivaldo Mascarenhas Júnior - City College of San Francisco, Estados Unidos
2012 - 2013
Olá, meu nome é Edivaldo Mascarenhas Júnior, sou graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do IFBA Campus Salvador e tive a oportunidade de fazer intercâmbio entre maio de 2012 e junho de 2013 no City College of San Francisco, na cidade de San Francisco, Califórnia.
Participar do intercâmbio foi uma oportunidade única para mim. Pude conhecer lugares maravilhosos os quais, não fosse o intercâmbio, provavelmente não teria oportunidade de conhecer. Conheci, também, muitas pessoas de todos os continentes, de vários países e essa pluralidade me fez conhecer e entender muito sobre outras culturas. Algumas dessas pessoas marcaram minha vida e são presentes até hoje, mesmo com a distância física que nos separa. Tive ainda a oportunidade de estar exatamente em um dos principais polos de tecnologia do mundo na minha área de estudo, o Vale do Silício. Visitei grandes empresas e grandes universidades como Google, Twitter, Stanford e a University of California.
Como um bom intercambista, viajei muito, estudei muito, fiz muitas amizades e tentei aproveitar cada segundo desse momento mágico que é ser um intercambista.
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Pamella Torres – University of Toronto, Canadá
27 de junho de 2015
De todas as provas que já fiz durante a faculdade, nenhuma foi tão desafiadora quanto a seguinte: “Descreva suas experiências e aprendizados durante o intercâmbio”. E já aviso logo que não será breve!
Bom, nada melhor do que começar do começo, né? Prazer, meu nome é Pamella Torres, tenho 21 anos, estudo no Instituto Federal da Bahia Campus Vitória da Conquista, nascida e criada nessa mesma cidade, o que me caracteriza como conquistense, baiana, brasileira! Moro há 9 meses em Toronto, Canadá e estou cursando Engenharia Elétrica na University of Toronto (UofT).
Desde muito pequena, sempre tive vontade de morar em algum país de língua inglesa. Não por supervalorizar outras culturas em detrimento da minha, isso jamais! Mas por querer experienciar outro mundo num país em que eu era relativamente familiarizada com a língua. E foi aí que surgiu a oportunidade de participar do Ciência sem Fronteiras (CsF). Depois de passar pelo longo e cansativo processo, eis que piso nessas terras gélidas do Norte. Morar em Toronto é, sem dúvida, um privilégio. Essa cidade, uma das mais multiculturais do mundo, é um mix de tudo que você pode encontrar. Gente do mundo todo mora aqui e aproximadamente 180 línguas diferentes são faladas, por dia, nessa cidade! Escutar e fazer, diariamente, a pergunta “de onde você é?” acaba virando parte da sua rotina e se espantar quando conhece alguém do próprio Canadá é super normal. O mais engraçado é que, apesar de culturas tão diferentes conviverem juntas, todos são, de certa forma, “contagiados” pelo excesso de educação dos canadenses, que irão te tratar bem em qualquer circunstância e se desculparem mesmo quando eles não estiverem errados. Esse país que me acolheu me surpreende por conta da beleza, da educação do seu povo, da segurança e, especificamente da cidade que eu moro, o charme e a pluralidade.
Estudar em uma das melhores universidades do país é muito gratificante e também desafiador. Entrar numa sala com mais de 200 alunos e perceber que não é necessário o professor chamar atenção de ninguém porque todos sabem a dimensão da importância que aquilo tem para o seu futuro é algo que eu nunca imaginei possível. A estrutura é incrível e eu tive oportunidade de pôr em prática as coisas que fui aprendendo ao longo das aulas, devido aos laboratórios (que oferecem absolutamente tudo que você precisa). Mas estudar aqui é para poucos e não é nada fácil. A pressão é muito grande, tanto dos estudos em você, quanto de você em si mesmo. Muitos assignments, muitos laboratórios, muitas provas e pouquíssimo tempo para todo o resto. Mas, estudar na Universidade de Toronto e escutar das pessoas “Nossa, você é da UofT? É muito difícil entrar lá, parabéns!” faz qualquer desafio se tornar insignificante. Poder compartilhar da nossa cultura também é algo incrível, e podemos vivenciar isso mais intensamente graças às aulas de forró que são oferecidas pelos próprios alunos do CsF, aqui da UofT. Saber que tem gente de várias partes do mundo que se interessa na nossa cultura me deixa com muito mais orgulho de vir de onde eu venho.
Não me identifico com os depoimentos que narram a experiência de sair de casa como algo desafiador ou algo que exija “coragem para deixar tudo para trás e começar uma vida nova”. A ansiedade e a vontade de viver isso sempre foram tão grandes que não me fizeram enxergar as coisas dessa forma. Cada ser humano é único e cada um vive no seu ritmo e na sua intensidade. Não sinto que parei a minha vida e nem deixei nada para trás. Apenas dei um passo muito grande e estou acrescentando mais páginas à minha história do que de costume. Sair de seu país e dar uma pausa na sua vida exige sim coragem e um peito aberto para as novas experiências. Intercambio é aprendizado, ensino, conhecimento, amizade, paciência, tolerância, responsabilidade e independência. Mas não importa o quanto eu descreva, você tem que ver/viver para crer/ser mais.
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Lizete de Carvalho - Voorhees College, Estados Unidos
2007
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Nova York, NY |
Minha experiência como intercambista do curso de Administração do IFBA Campus Salvador na Carolina do Sul, EUA, foi muito enriquecedora. Tive a oportunidade de conhecer pessoas novas, aprender um pouco da cultura local, além de praticar o idioma. Conheci muitos lugares como Savannah, New York, Columbia e Washington etc. A cada dia aprendia mais tanto dentro do campus quanto fora dele. No início, senti o choque cultural entre minha cultura e a do país que estava temporariamente morando. Senti uma sensação de estranhamento por estar em um local novo, diferente da qual estava acostumada, mas depois fui me adaptando aos poucos.
A vivência em outro país amplia a visão dos intercambistas. Além das experiências adquiridas, conhecer uma outra cultura e respeitá-la é fundamental para o amadurecimento pessoal do ser humano. Sem dúvidas, participar deste intercâmbio foi um dos sonhos que eu conquistei e que me ajudou muito a conseguir uma vaga no mercado de trabalho.
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Catarina Brandão – University of Alberta, Canadá
2015
Olá, me chamo Catarina Brandão e sou estudante de Engenharia Elétrica no IFBA campus Vitória da Conquista. Estou há exatos 10 meses no Canadá, mais precisamente na cidade de Edmonton em Alberta na University of Alberta. É com muita alegria que compartilho agora um pouco na minha experiência nesse país tão gelado.
Preciso confessar uma coisa: quando cheguei aqui, estava com meu coração na mão. Tive medo do idioma, do novo, de tudo. Às vezes é bem difícil sair da nossa zona de conforto para ir para um lugar nos vemos obrigados a nos tornarmos independentes de uma hora para outra. Entretanto, esse lugar me surpreendeu muito e de forma positiva. Aqui as pessoas são realmente muito educadas e toda aquela história de que canadense pede desculpa e diz obrigado o tempo todo é a mais pura verdade. Além disso, esse é um país plural, com uma amplitude cultural imensa já que a imigração está ainda acontecendo é até um pouco raro ver canadense filho e neto de canadense por aqui. Sempre tem um asiático, árabe, italiano, português, etc. no meio da árvore genealógica. Confesso que eu não sabia disso e achei algo extraordinário já que você passa a conhecer um pouco da realidade de cada um desses lugares.
Outra coisa que me deixou maravilhada com o Canadá é a biodiversidade. Cada cidade ou província é completamente diferente uma da outra. Alberta, por exemplo, é caracterizada por seus lindíssimos e límpidos lagos em conjuntos com as montanhas chamadas Rocky Mountains, onde existe muita vida selvagem como ursos e alces (sim, estou na parte rural do Canadá rs). Toronto é, por sua vez, caracterizada por uma paisagem urbana também muito bela. Vancouver pela junção das águas do Pacífico com as montanhas e assim por diante. Poderia passar o dia todo escrevendo as coisas maravilhosas que meus olhos viram durante esses dez meses.
Ser intercambista é agarrar com unhas e dentes todas as oportunidades que surgirem em sua frente; é dividir casa com pessoas de culturas diferentes da sua se ver obrigado a entender e relevar algumas coisas; é aprender que o inglês é o idioma que te conecta a todas as partes do mundo; é sair duas horas da manhã na rua e voltar andando pra casa enquanto se mexe no celular e não ter o mínimo medo de fazer isso; é ter que cozinhar quando não se tem tempo nem pra respirar, mas é isso ou passar fome, já que você já gastou o dinheiro do mês todo quando a bolsa chegou; é aprender a estudar sozinho porque, em uma sala de 70 alunos, o professor nem sabe seu nome e nem está interessado em saber; é perceber que depois de uma aula de 50 minutos você precisa estudar 4 horas em casa; é estudar todos os assuntos no semestre para o final exam que vale 60% da sua nota; é conhecer gente do Brasil todo e entender mais do seu próprio país e povo; é ter uma família fora de casa; é começar a ser cara-de-pau e humilde ao mesmo tempo para pedir e oferecer ajuda; é aprender que na vida existem chegadas e partidas e você tem que se acostumar com isso; é conhecer mais sobre você mesmo, seus desejos, sonhos, ambições e aflições; é, por vezes, se ver desesperado de saudade querer largar tudo e voltar pra casa; é ver sua família e amigos seguirem a vida sem você mesmo quando você achou que o mundo deles pararia; é perceber que o mundo não gira em torno da gente. Por fim, é uma experiência maravilhosa e enriquecedora e que só acontece uma vez na vida, afinal, você nunca vai ter 20 anos de novo.
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Experiencias interessantíssimas e inspiradoras.
ResponderExcluirObrigada, Luis Alberto.
ExcluirFicamos felizes que tenha gostado.
Abraços,
ARINTER IFBA
Vocês tem depoimentos de alunos do ensino médio?
ResponderExcluirTem sim, Karen. O da Flávia Lima Pólvora.
ExcluirAbraços